Por vezes ponho no papel o que me vai na alma. Outras, ponho na alma o que me vai no papel!

Soul and Paper. drawing by Bruno Schiappa. January 2024

 Muitas vezes ponho em papel o que me vai na alma. Outras vezes engulo em seco e continuo a estrada. Nunca me tinha apercebido de modo tão claro que as pessoas não são o mais importante para as pessoas. Durante muitos anos, a minha prioridade eram sempre as pessoas. E em pessoas incluo também os animais assim como nos animais incluo as pessoas. Acreditava que ninguém fazia nada de prejudicial para os outros de modo consciente.

Não estava em mim, aceitar tudo. O que acontecia era que não queria desiludir as pessoas. Já havia tanto dissabor na vida que eu não queria contribuir para mais um dissabor para este ou aquele.
Creio que chegou a altura de mudar isso.
Sempre fui independente e, curiosamente, conforme ia frequentando mais as pessoas - paradoxal em relação ao que escrevi acima mas que, passo a explicar, não desiludir passava por não as frequentar durante muito tempo - ia deixando a porta da minha independência ser fechada.
Ora, o ano passado, foi muito complicado para mim e para várias pessoas mas, como cedo - e como sempre - falei logo sobre isso, consegui chegar ao final do ano, ileso.
E muita coisa tenho para que tal não acontecesse. Mas ali a meio do ano, as pessoas foram silenciosamente eloquentes na atitude de "queremos saber do Bruno bem e não mal". Basicamente as pessoas são dessa natureza. Tirando 3 que o disseram frontalmente.
Eu sempre ouvi as pessoas. Sem as julgar. Não julgo ninguém. A não ser que me invadam o respeito próprio ou do Liubóv 🙂


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