E de repente tomba-se de novo. A boca quer sugar o ar do outro. Respirar o outro. Numa antropofagia erótica que anuncia a elevação. E de repente, o que se queria suave, tem a força de cavalos na bruma. Pede melancolia e pranto. E no entanto, de repente, o coração fica repleto de júbilo. De prazer. Mesmo na dolorosa sensação de ausência presente porque, de repente, tudo faz sentido no regresso ao Mar que corre nas veias e transcende a natureza de quem se quer solitário.
De repente, tudo me transporta para reviver o que julgava perdido. O que julgava morto. O que parecia nunca mais regressar. E fico com a tua imagem e com o sorriso doce da dor!